Parceria entre cooperativas e prefeitura garante merenda escolar com alimentos da agricultura familiar em Vitória
Foto: Elizabeth Nader
Pouca gente imagina, mas para a maioria das crianças da rede pública de Vitória, a principal refeição do dia acontece na escola. E isso muda tudo. Muda o jeito de pensar o prato, muda a importância de cada ingrediente, muda até o papel de quem planta.
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Na capital capixaba, esse compromisso com a alimentação escolar ganhou um reforço de peso: cooperativas da agricultura familiar se tornaram protagonistas no fornecimento de alimentos para a merenda. Frutas frescas, filé de tilápia, pão integral, legumes direto da roça — tudo preparado com atenção às necessidades nutricionais e ao respeito pelas restrições alimentares. Nada de frituras ou industrializados. Aqui, o sabor vem do campo e a saúde, do cuidado.
Mas não é só sobre comida. É sobre um ciclo que se fecha com dignidade: quem planta com as próprias mãos tem garantido o escoamento da produção, com preço justo e destino certo. E quem consome aprende desde cedo que o alimento tem história, tem cheiro de terra, tem nome e tem rosto.
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As escolas de Vitória estão oferecendo mais do que refeições. Estão promovendo a alfabetização do paladar. Tem criança experimentando uma fruta pela primeira vez. E tem produtor emocionado ao ver seu trabalho reconhecido como essencial.
Com mais da metade dos recursos destinados à merenda escolar investidos na agricultura familiar, a cidade virou exemplo. Exemplo de que é possível unir saúde, educação, economia local e respeito à terra numa mesma receita. Uma receita que começa no campo e termina no sorriso de quem estuda.
Por trás de cada fruta colhida e de cada legume entregue, existe uma rede de famílias produtoras que vive da terra com amor e persistência. São agricultores que acordam cedo, enfrentam o sol e a chuva, e que agora veem seus produtos chegando às mesas das escolas com reconhecimento e dignidade. Esse vínculo entre campo e cidade transforma vidas — tanto de quem produz quanto de quem consome.
E no fim das contas, é isso que faz da alimentação escolar de Vitória algo tão especial. Não é apenas sobre nutrição, é sobre pertencimento. Quando um estudante morde uma banana produzida no interior do Espírito Santo, ele também morde um pedaço da própria identidade. Ele aprende, desde pequeno, que o alimento pode ser ponte — entre pessoas, territórios e futuros possíveis.
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