Empresários do setor de transporte podem apontar gargalos logísticos no Espírito Santo

Foto: Julio Huber

Com o objetivo de definir o futuro da infraestrutura logística no país, está em fase de construção o Plano Nacional de Logística 2050 (PNL 2050. Nessa primeira fase, empresários do setor produtivo poderão contribuir respondendo a uma pesquisa da Empresa de Planejamento e Logística do Governo Federal, que fica disponível até o dia 12 de maio (segunda-feira) em: https://findes.online/pesquisapnl2050.

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A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), junto com outras Federações da Indústria do país, estão apoiando na divulgação e aplicação da pesquisa. Segundo o presidente da Findes, Paulo Baraona, esse é o momento de contribuir e de mostrar para o Ministério as reais necessidades do Espírito Santo. O empresário lembra, ainda, que mais de 20 mil empresas industriais de diferentes portes e segmentos estão instaladas no Espírito Santo e com imenso potencial de crescimento. 

“Temos uma localização privilegiada e uma abertura comercial superior à do país. Mas, para aproveitarmos cada vez mais do nosso potencial, aumentar a produtividade da indústria e, por consequência, desenvolver o país, é fundamental para nos consolidarmos como um hub logístico, ou seja, precisamos trazer para o Estado e para os estados vizinhos mais investimento na infraestrutura logística das nossas rodovias e ferrovias”, afirma.

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Segundo o especialista em infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ramón Cunha, historicamente, o país investe, ao ano, em torno de 2% do PIB em infraestrutura. “Se observarmos exclusivamente o setor de transporte, isso fica em torno de 0,6% ou 0,7% do PIB ao ano. Isso é cerca de um terço do que a gente precisaria para modernizar as infraestruturas de transporte em um universo de 20 anos”, afirma.

O objetivo do PNL é elaborar o planejamento estratégico para a movimentação das cargas, considerando os diversos modos de transportes. Isso permitirá identificar as necessidades e as oportunidades de investimento a médio e a longo prazo, provendo o país de um sistema integrado, eficiente e competitivo, no que diz respeito à infraestrutura do setor. 

Ao todo, serão realizadas quatro macroetapas. Na primeira, que está em andamento, serão colhidos os insumos para montar as matrizes origem-destino de pessoas e de cargas, a rede nacional de transporte e o modelo de simulação. Para isso, o Governo Federal, por meio da Fundação Dom Cabral, aplicará uma pesquisa qualitativa junto ao setor produtivo para compreender a dinâmica da produção brasileira e aprimorar as projeções para o seu crescimento. 

De acordo com o ministério, essa etapa é essencial para que o Governo Federal conheça a real demanda por transportes e, assim, construa um Plano com soluções logísticas mais adequadas. O questionário ficará disponível até o dia 12 de maio (segunda-feira) em findes.online/pesquisapnl2050 e deve ser respondido diretamente pelas empresas produtoras de carga e associações que congregam essas empresas.

As matrizes origem-destino de cargas do PNL 2050 estão disponíveis para consulta pública no Portal do PIT (pit.infrasa.gov.br/), no formato de dados abertos e em mapas e painéis interativos. Críticas e contribuições sobre essas matrizes poderão ser fornecidas por meio da Plataforma Participa + Brasil também até segunda-feira. 

PRÓXIMOS OS – Após o encerramento da primeira etapa começará a segunda fase, que consiste na elaboração de diagnóstico sobre o cenário atual do sistema de transportes do país, identificando as principais deficiências. Já na terceira haverá a definição de objetivos de atuação, selecionando as deficiências que serão endereçadas de maneira prioritária. E, por fim, haverá a construção de um cenário-meta como o horizonte de longo prazo (2050) para o sistema de transportes do país, com intervenções regulatórias e de infraestrutura que busquem atingir os objetivos de atuação definidos.

PARTICIPAÇÃO – A Findes participou do Encontro Regional Sudeste do Plano Nacional da Logística 2050, que aconteceu no dia 22 de abril, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na ocasião, o presidente da Findes, Paulo Baraona, falou sobre a importância da integração logística nacional e da importância do diálogo para a construção do planejamento.

“Acredito que o diálogo para a construção das matrizes seja um excelente exemplo de transparência e de espaço de colaboração do setor produtivo nas discussões de políticas públicas. Quando participamos deste processo, temos mais segurança de que os dados contidos nos estudos reflitam a realidade dos fluxos industriais, das rotas estratégicas de escoamento e dos deslocamentos dentro da cadeia produtiva”, disse.

Texto: Siumara Gonçalves, com informações do Observatório Findes e Fiesp 

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