Caroços de azeitona viram biochar e material é usado na agricultura regenerativa
Foto: Freepik

Transformar um resíduo que antes era descartado em produto que contribui para o meio ambiente e para o cultivo de plantas. Com a ajuda da tecnologia e inovação, os caroços de azeitonas agora ganharam um destino nobre e estão virando biocarvão, ou biochar – um material poroso, versátil e com alto potencial de uso ambiental e industrial.
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A iniciativa é do Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente e Química, do Paraná, em parceria com a empresa Vale Fértil. Produzido por meio de um processo de carbonização, o biochar demonstrou uma expressiva capacidade de adsorver poluentes e metais pesados, mostrando-se eficaz para o tratamento de efluentes gerados durante a produção de azeitonas.
Além da aplicação em sistemas de tratamento de água, o material também pode atuar como condicionador de solos, insumo para práticas de agricultura regenerativa e até como matéria-prima para fabricação de cerâmicas e tijolos.
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AGREGANDO VALOR – A proposta vai além da simples destinação de resíduos: reforça os princípios da bioeconomia e da economia circular, ao transformar um subproduto que antes não tinha aproveitamento em um recurso de alto valor agregado e diversas possibilidades de uso. “Estamos falando de uma solução que não apenas agrega valor ao resíduo, mas também contribui com a sustentabilidade de processos industriais e agrícolas”, destaca a equipe de pesquisadores do IST em Meio Ambiente e Química.
Os resultados do projeto já extrapolaram fronteiras. As descobertas foram apresentadas em dois importantes eventos internacionais: a 17ª Conferência da International Water Association (IWA) sobre Pequenos Sistemas de Água e Esgoto (SWWS) e a 9ª Conferência da IWA sobre Saneamento Orientado a Recursos (ROS), ambas realizadas em Curitiba (PR). A participação em fóruns globais reforça o potencial da tecnologia para gerar impactos positivos em escala mundial.
Com a conclusão bem-sucedida desta etapa, a expectativa é de que novas aplicações e parcerias sejam desenvolvidas, ampliando ainda mais as possibilidades de uso do biochar na indústria, no meio ambiente e na agricultura.
Fonte: Sistema Fiep
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